Jamaica
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Introdução
Jamaica, país formado pela terceira
maior ilha das Antilhas, situada ao sul de Cuba. Tem uma superfície de
10.991 km² e Kingston é sua capital.
- Território
O terreno é montanhoso, exceto nas várias zonas
de terras baixas na costa meridional. Os montes The Blue, situados na
zona oriental, constituem a sua principal cordilheira. A linha da costa é
irregular. O clima é tropical, moderado pelos ventos alísios do
nordeste, e a ilha está exposta a furacões no final do verão e no começo
do outono.
- População e Governo
A população é de origem africana ou mestiça,
descendente dos escravos trazidos para a ilha nos séculos XVII e XVIII.
Possui 2.435.000 habitantes (1992), o que corresponde a 223 hab/km2. As
principais cidades são: Kingston, com uma população (1991) de 643.801
habitantes, Montego Bay (83.446 habitantes) e Spanish Town (92.383
habitantes). O inglês é a língua oficial, embora muitos jamaicanos falem
um dialeto local. A maioria da população pertence a diferentes igrejas
cristãs; algumas seitas populares são mantidas, como o movimento
rastafari. A Constituição de 1962 estabelece um sistema de governo
parlamentar, adotando um modelo semelhante ao da Grã-Bretanha. O
primeiro-ministro é o chefe do governo. O monarca britânico, o chefe do
Estado, é representado por um governador geral.
- Economia
Em 1991, o produto nacional bruto (PNB) era de
3.365 bilhões de dólares, o que corresponde a uma renda per capita de
1.380 dólares. A principal cultura do país é a cana-de-açúcar; a ilha
detém a quase totalidade da produção mundial de pimenta-da-jamaica. As
reservas de bauxita (as mais ricas do mundo) e alumínio são a base da
economia e o turismo é vital, pois é responsável por grande parte da
entrada de divisas. A unidade monetária é o dólar jamaicano.
- História
Quando Cristovão Colombo "descobriu" a Jamaica
em 1494, em sua segunda viagem ao Novo Mundo, a ilha era uma das mais
povoadas das Antilhas, os índios Arawak foram os primeiros habitantes da
ilha que se tenha registro. Viviam lá em grande harmonia com a
natureza. Cultivavam milho, batata doce, outras ervas e também o pau com
o qual produziam suas flechas. Curtiam um barato especial com uma
bebida tóxica produzida a partir da mandioca fermentada. Mas acima de
tudo, os Arawak gostavam de fumar. A palavra tabaco, para vocês terem
uma idéia, vem do termo que eles denominavam seus estranhos cachimbos em
forma de estilingue, esculpido em madeira tubular de forma que estes
seres aborígenes pudessem inspirar fumaça pelas duas narinas ao mesmo
tempo. Fumar desta maneira, eventualmente produzia intoxicação e um
tonteira braba no indiozinho. Isto nos mostra que bem antes do
surgimento do movimento rastafari, os Arawak já adoravam ficar
"viajandão" por aquelas lindas paisagens. Os Arawak não suportaram ser
confinados em sua própria terra, forçados ao trabalho escravo, muitos se
suicidaram, outros morreram em batalhas ou foram assassinados pelos
truculentos colonizadores, ou ainda mesmo, não resistiram às doenças
trazidas pelo homem branco. No final das contas, os Arawak foram
completamente exterminados pelos espanhóis. O nome o qual eles chamavam a
ilha foi uma das poucas coisas que restou da memória de sua cultura.
Apesar de Cristovão Colombo, tê-la batizado com o nome de Santiago, o
que acabou prevalecendo foi o nome Xaimaca, que os nativos Arawak davam
àquele paraíso e que na língua deles significava "Terra das Fontes". Os
Arawak eram um povo pacífico. Em 1537, a ilha foi cedida à família
Colombojunto com o marquesado da Jamaica. Conquistada por uma frota
inglesa em 1655, foi de fato transferida para a Inglaterra em 1670,
seguindo as disposições do Tratado de Madri, tornando-se logo em seguida
um dos principais centros do comércio de escravos do mundo. A Ilha teve
como principal atividade econômica a cultura de cana de açúcar porisso a
mão de obra ultilizada para levar a cabo tal empreendimento era de
escravos trazidos das costas africanas. Entre os milhares de escravos
embarcados para o novo paraíso dos grandes fazendeiros em seus 250 anos
de escravidão encontravam-se os Ibos da baixa Nigéria, os Coromantis, os
Hausa e povos Mandingo da Costa do Marfim e do Ouro, assim como povos
das nações Nôko, Yorubá, Sôbo e Nagô. A parte a origem africana, as
raizes do reggae encontram-se na época da escravatura. Muitos dos
fazendeiros mais ricos formavam orquestras compostas por escravos que
durante tempos de recreio como fim de colheita, natal ou bailes de gala,
serviam para distrair os senhores. Ritmos, canções e danças e ritos
puramente africanos conseguiram sobreviver na Jamaica rural até o século
XX. Vários cultos religiosos que se desenvolveram na Jamaica são também
originários da África. Assim como no Brasil onde a Umbanda e o
Candomblé são os cultos afro-brasileiros mais populares, o mais popular
entre os cultos espirituais afro-jamaicanos é conhecido por Pocomania. A
escravatura foi finalmente abolida em toda ilha em 1838, deixando
profundas marcas nos descendentes dos escravos africanos, marcas essas
que viriam a formar a base ideológica do reggae. Em outubro de 1865, a
Jamaica passou a ser oficialmente uma colônia, perdendo o alto grau de
auto-governo que desfrutara desde o final do século XVII. Em 1884, foi
restabelecido um governo representativo. No dia 3 de janeiro de 1958,
uniu-se à Federação das Índias Ocidentais. A discordância quanto ao
papel que desempenharia provocou a desintegração da Federação e, em
1962, a Jamaica obteve a independência dentro do Commonwealth. As
eleições de 1972 deram o poder ao Partido Nacional do Povo (PNP) e seu
principal dirigente, Michael Manley (lembrando MANLEY e naum MARLEY),
deu início a uma política definida como "socialismo democrático". Os
grandes laços que mantinha com o presidente cubano Fidel polarizaram a
população e, quando ficou clara a impossibilidade de revitalizar a
economia pelas vias que ele definira, foi derrotado nas eleições de
1980. O novo governo rompeu relações com Cuba, estabeleceu vínculos
estreitos com os Estados Unidos e tentou atrair o capital estrangeiro. O
PNP, com Manley, conseguiu a maioria parlamentar nas eleições de 1989.
Percival J. Patterson, seu sucessor como primeiro-ministro e como
dirigente do PNP, conseguiu se reeleger em 1993.
Escrito por RastaMan às 09h41
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Rastafarianismo
Rastafari,
movimento político e religioso que nasce com os ativistas negros e
mestiços da década de 1930, em particular da campanha do “Retorno à
África” de Marcus Garvey. Fundamenta-se na resistência negra à opressão
branca. Entre eles há uma grande variedade de práticas e crenças. Mas
todos crêem na divindade de Ras Tafari, antigo imperador da Etiópia
coroado como Hailé Selassié I. Incorporam uma combinação de religiões
africanas e de narrativas do Antigo Testamento. São vegetarianos, fazem
tranças no cabelo, fumam maconha (cannabis) para ajudar à meditação e
praticam uma crença pacífica. "Rastafari",
Princípios
- Temos
fortes objeções em relação a alterações agudas da figura do ser humano,
corte e escovamento (do cabelo), tatuagem da pele, cortes da carne.
- Somos
basicamente vegetarianos, dando uso escasso a certas peles animais,
ainda assim proibindo o uso de carnes suínas de qualquer forma, peixes
de concha, peixes sem escamas, caracóis, etc.
- Adoramos
e aceitamos mais nenhum Deus além de Rastafari (Jah), proibindo todas
as outras formas de adoração pagã, apesar de as respeitarmos.
- Amamos e respeitamos a irmandade da humanidade.
- Desaprovamos e abolimos completamente o ódio, ciúmes, inveja, engano, fraude e traição, etc...
- Não aprovamos os prazeres da sociedade moderna e os seus males correntes.
- Temos a obrigação de criar uma nova ordem mundial de uma irmandade.
- O
nosso dever é expandir a mão da caridade a qualquer irmã(ão) que esteja
em dificuldade, primeiramente aos que sejam Rastafaris e só depois a
qualquer humano, animal, planta, etc...
- Somos aderentes das antigas leis da Etiópia.
Ital
Comida
Ital (comida vital e total) é o alimento Rastafari e é o que Jah
ordenou que fosse. "Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas,
será para vós abominação." , "Melhor é a comida de ervas, onde há
amor, do que o boi cevado, e com ele o ódio." É comida que nunca tocou
em químicos e é natural e não vem em latas.
Quanto menos cozinhados, melhor, sem sais, preservativos ou
condimentos, pois assim possui maior quantidade de vitaminas, proteínas e
força vital. Os Rastas são, portanto, vegetarianos. As bebidas são,
preferentemente, herbais, como os chás. O licor, leite ou café são
vistos como pouco saudáveis.
Dreadlocks
O aspecto mais saliente de um(a)
Rasta são os dreadlocks, canudos fortes,que não são escovados ou
penteados, mas cuidadosamente mantidos e lavados por quem os usa. São o
símbolo da união com Jah e do empenho numa vida justa e natural. "Não
cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem
danificareis as extremidades da tua barba.
O Leão de Judá representa Haile Selassie I, o Conquistador. Representa o
Rei dos Reis pois o leão é o rei de todos os animais.
Selassie I, na sua visita à Jamaica, em 21 de Abril de 1966, disse que o
movimento Rasta não devia procurar a repatriação para Etiópia sem primerio
libertar o povo da Jamaica. Etiópia é vista como o Monte Sião, terra
sagrada, onde o Novo Mundo terá início. Esta revelação antecipou novas formas de Rastafarianismo. O objetivo era agora não só a salvação, mas também a ajuda à salvação dos outros.
Escrito por RastaMan às 13h27
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