A FACETA DO REI
Se não tivesse morrido tragicamente de câncer em 1981, hoje Bob Marley teria 70 anos. Ao longo de sua carreira, Bob vendeu mais de 20 milhões de discos, uma façanha inédita para um músico nascido em um país como a Jamaica. Em reconhecimento ao seu trabalho, o nome de Bob entrou no Hall da Fama em 1994.
Mas diversas homenagens nunca deixaram de surgir, e uma delas foi feita pela empresa de comunicação Sachs Mediaem parceria com a companhia de manipulação de imagens Phojoe. Além de criar montagens com uma imagem de como seria o rosto do rei do Reggae se ainda estivesse vivo, o grupo também criou estimativas de como seria sua carreira nos dias de hoje.
Para especular sobre a possível carreira atual de Bob ainda em vida, a Sachs convidou o Dr. Reebee Garofalo, professor e estudioso de renome internacional da música popular, e Elijah Wald, um músico que frequentemente escreve sobre o tema.
Na opinião dos especialistas, “o sucesso de Marley foi globalmente inspirador, de uma maneira que nenhum astro tinha conseguido antes”. Caso estivesse vivo, Bob possivelmente teria colaborado com muitos músicos de todos os cantos do mundo, fossem eles jamaicanos, americanos, ou britânicos, tornando-se assim uma figura central para a música mundial. Ele ajudaria na fusão de artistas da África, América Latina e Ásia. “Ele teria sido um parceiro dos sonhos para estrelas como The Fugees e Kanye West”. Eles também acreditam que ele teria tentado usar sua influência para além do domínio musical, desafiando grandes potências e servindo como porta-voz para os negros ao redor do mundo.
Seguindo a linha de pensamento dos estudiosos, não fica difícil imaginar Bob envolvido em diversos assuntos humanitários, continuando sua luta contra a segregação racial, e tentando usar a música para aproximar as pessoas, e promover a paz e a justiça – como já fazia desde os anos 1970 – como alguma espécie de líder. “Levante, resista: lute pelos seus direitos!”, já cantava Bob Marley em 1973, na música “Get Up, Stand Up”, do álbum “Burnin”.
“É difícil imaginar, mas eu acho que a revolução que ele iniciou na Jamaica estaria mais forte do que nunca. Como ele era um dos principais nomes do reggae de raiz, acho que não fugiria muito do estilo que o consagrou. Poderia até se aventurar em novos territórios musicais, mas manteria as origens”, opinou Fred 04, da Mundo Livre S/A em entrevista ao diário de pernambuco.
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